terça-feira, 28 de setembro de 2010

Já é tarde da noite, me reviro em lembranças doces dos momentos junto a ti, sinto saudades já. Algo me perturba, me provoca uma leve inquietação que ainda consigo controlar, queria estar com você, eis a única certeza do momento.
Não sei exatamente o que estou sentindo, não sei muito bem o que esperar, na verdade não devo esperar nada, muitas expectativas são iguais a muitas frustrações, mas tem horas que me vejo sonhando...
Você foi algo especial em minha vida, foi algo diferente do que eu costumava vivenciar, queria te manter sempre por perto, mas sinto tanto medo de ser só uma ilusão. Você também pensa em mim? Era só o que eu queria saber...
Pisei no freio, policio meus pensamentos, tento não fantasiar nada, mas sei o que eu queria, o que quero que aconteça!! Estou cansada de me decepcionar, mas ao mesmo tempo sinto que não posso deixar de pelo menos tentar.
Onde você estará enquanto faço essas confissões não importaria muito se eu soubesse que por algum segundo lembrou de mim, sentiu de leve minha falta, como estou sentindo agora.
Por que teve que ser tão bom? Por que você é tão encantador aos meus olhos? Porque tinha quer ser um pouco daquilo que eu talvez tenha procurado sempre?
Só tenho medo de me apaixonar por você...só tenho medo de me machucar, mas você disse o que eu precisava saber para tentar me manter por perto. Agora estou aqui sentindo um misto de sentimentos, de dúvidas e certezas e dormirei e acordarei amanhã assim.
Vou pagar para ver...vou me fazer presente e ver se você mente ou de fato quer minha companhia...aos poucos bem devagar a minha pretensão é vir para ficar, te seduzir, te encantar...acho que devo tentar, já que você se parece tanto com o que eu procurava acho que isso é um bom motivo para me arriscar.
Risco maior seria deixar você escapar sabendo que a oportunidade existia, estava ali o tempo todo e eu nada fiz a respeito.
Sei exatamente o que quero e onde queria estar nesse momento, são essas as poucas certezas nesse mar de dúvidas que junto com você invadiu minha vida em uma noite despretensiosa dessas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

   Walking after you...romance
          Romances, histórias de amor, são tão imprevisíveis quanto um tornado, às vezes parecem estar indo para um lado e em um milésimo de segundo mudam completamente sua direção, nos deixando sem ter para onde correr, onde se esconder e aí os estragos já estão feitos.
            Essa imprevisibilidade assusta, nos trava muitas vezes, nos faz na maioria das vezes duvidar do que estamos fazendo, dos passos que estamos dando, é como andar nos escuro, nunca saberemos o que realmente encontraremos quando as luzes forem acessas.
            São viagens sem rotas seguras, terão abismos e curvas durante todo o trajeto, mas se não percorrermos tal caminho nunca saberemos o que encontraríamos no final. Ah essa incerteza, essas muitas possibilidades que se abrem a nossa frente assim de repente...
            Quantos receios, quantos medos...quantos passos dados e muitos às vezes necessariamente retrocedidos devido as circunstâncias... não há como prever, não há como garantir nada só a emoção da busca, da espera e em algumas vezes do encontro...
            É isso que procuramos cada vez que nos arriscamos em alguma história que poderá ou não virar um romance, é isso que queremos quando nos dispomos a abdicar de noites de sono, de horas de tranqüilidade e concentração a espera de um sinal de que somos correspondidos, ou de que pelo menos aquela pessoa esteve pensando na gente.
            Não há como ser meio termo nessas histórias ou vivemos ou nunca saberemos o que poderia ter sido, a final o universo conspira a favor de algumas coisas, e se tiverem que ser elas acontecerão.
            O tempo esse aliado ingrato, sim ingrato porque ele não caminha na mesma velocidade que nós, ele pode nos atropelar ou até mesmo chegar bem depois do que nós ao destino desejado. Estamos nas mãos dele, não temos muita saída além de dar tempo ao tempo.
            Já me conformei e até mesmo conclui que tem que ser assim mesmo.  As coisas que acontecem intempestivamente nem sempre são as duradouras, é preciso construir um romance aos poucos, um degrau de cada vez, sem muitas ilusões, sem muitas expectativas, claro na medida do possível...
            Nossos maiores desejos e questionamentos só serão respondidos com o tempo!

sábado, 18 de setembro de 2010

  Incertezas                              
É sempre assim, sempre me deixo levar, sempre espero de mais, vou sempre além, por mais que eu tente controlar minha ansiedade tem horas em que sou vencida.
Talvez ainda haja uma possibilidade, nós dois ainda pode ser, mas não tem uma hora certa para acontecer, não há garantias...e é isso que me mata, que devora por dentro, mesmo que por fora eu transpareça segurança e tranqüilidade.
Sei que a emoção do romance é essa, essa imprevisibilidade, essa constante incerteza, o não saber ao certo quando, nem onde, mas tenho andado só ultimamente e por mais que essas sensações me façam sentir viva, eu também tenho receios e medos, não queria esperar algo em vão, esperar de onde não virá.
É apenas essa certeza que me falta, a certeza de saber que para ti também foi bom, que em ti também ficou a vontade de replay...se eu soubesse isso não seria tão angustiante voltar para casa e torcer para te reencontrar.
Não confio na minha percepção e não sei se devo acreditar nas palavras que espontaneamente me falou, não havia motivos para mentir, ou havia? Todas essas interrogações me consomem e não falo porque parece loucura...como vou explicar, como vou admitir que você mexeu comigo e quero te encontrar novamente.
Acho que não preciso falar, já deu para perceber, mas mesmo assim fujo do que posso estar sentindo e enquanto eu não falar, posso seguir me enganando. Exatamente, enganando a mim mesma, porque aos outros acho que já não engano mais.
Eu sei a vida é assim, talvez essa não seja uma porta aberta como pensei, talvez tenha sido apenas uma vez e não adiantará nada eu me debater tentando encontrar explicações nas entrelinhas do que foi falado. Ou talvez a minha hora tenha chegado, mas eu precise ter calma ,pois as coisas acontecerão ao seu tempo e não no meu.
Dúvidas, dúvidas, somente a certeza de que não terei respostas é o que tenho, terei que esperar, viver, me despedaçar, para depois novamente você, ou alguém me juntar. Terei momentos iguais a esse em que meu último recurso será procurar nas palavras uma vazão para minha ansiedade e inquietação, e outros em que pensarei que essa angústia toda valeu a pena em que mais uma vez a vida me surpreenderá como naquela noite...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CORRER OS RISCOS



Sentir viva, sentir esse friozinho na barriga, há muito queria sentir isso de novo. Há muito tempo pedia para sentir essa ansiedade, quase constante, essa espera por algo, por um telefonema, um oi, um sorriso, que não tem como precisar quando irá acontecer.


Não há como ter certeza de nada, não há como prever quando irá acontecer se irá realmente acontecer, mas vale a pena a espera, correr esse risco.


Na maioria das vezes essa espera quase nos consome, chega a ser sufocante, mas é só para dar mais emoção ao momento...quando ele chegar. Ah...esses momentos totalmente inesperados, surpreendentes, arrebatadores que nos deixam sem ar momentaneamente, que nos fazem rir, chorar, gritar...esses momentos são tão vitais, tão essenciais para que possamos nos sentir de fato vivos.


Podem nos tirar o sono, a concentração, o apetite, mas não importa são esses momentos que farão a diferença no fim do dia, e ao longo da vida...Momentos intempestivos, avassaladores que nos tiram o chão e nos colocam um sorriso no rosto e um brilho no olhar...



domingo, 12 de setembro de 2010

Sem máscaras


Estive pensando é quase impossível não magoar as pessoas, mesmo não sendo intencionalmente. E para mim isso é bem mais difícil do que parece. To sempre tentando de todas as formas agradar aos outros, não dizer não, não ferir, mas isso me custa tanto, me esgota, me faz até mentir para mim mesma.

É tão ruim sentir isso, é tão ruim estar sempre procurando justificativas, desculpas, estar sempre sorrindo para todos os lados, fingindo que está bom quando na verdade eu queria fazer a minha vontade e mandar o mundo explodir.

To tão cansada de ser a boa moça, a certinha, a quase perfeita sendo que na verdade tenho milhares de defeitos, cometo muitos erros, muitos deles repetidas vezes, quebro a cara, magôo as pessoas também.

Sou de carne e osso e meu mundo não é cor de rosa, eu também em certos dias quero jogar tudo para o alto, também quero às vezes pintar meu mundo de cinza e me esconder atrás dos muros que construo ao meu redor.

Tenho tanto a dizer e tenho percebido que ainda não me revelei para a maioria das pessoas que vivem junto a mim há muito tempo. Tenho lados, ângulos que ninguém nunca viu, no entanto talvez esteja na hora de serem revelados. Acho que cansei de me esconder, ou melhor, me omitir, agora preciso dizer se gosto, não gosto, se quero, não quero e ser feliz com minhas escolhas e meus tropeços.

Já sufoquei dentro de mim mesma tanta coisa, já gritei em silêncio tantas vezes, já dei murros em paredes, já quis quebrar tudo...e essa sensação é dolorosa, angustiante, e por vezes inútil. Chega, cansei, esgotei as desculpas, desaprendi as mentiras.

Preciso agradar a mim e não somente aos outros...desculpa pode até parecer outra, mas não se enganem, essa não é outra pessoa, é a real que finalmente decidiu sair do seu casulo...creio que já estava quase passando a hora...