quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

    Apenas um lance casual
Apenas um lance casual, como prever no que irá se transformar um encontro sem querer, sem programar com aquela pessoa que não víamos há tanto tempo, aquela pessoa especial que marcou algum momento de nossa vida, ou aquela pessoa com a qual restou uma história mal resolvida ou ainda alguém totalmente desconhecido, mas incrivelmente encantador com o qual passaremos momentos únicos.
            A vida é feita de lances casuais, encontros inesperados, conspirações do acaso para que aquela pessoa sempre por algum motivo esteja em nosso caminho, ou suma para que outra pessoa surja. Sentimentos dos quais não conseguimos fugir e muitos que nem ao menos ousamos tentar entender, eles escapam a todo e qualquer entendimento.
            São tão interessantes, excitantes esses lances casuais, intensos e sem nenhuma obrigação de nada, nem de continuidade e nem de término. Muitos ficam suspensos no ar quase que como a espera de um próximo encontro, de uma próxima troca de olhares em uma noite já dada como perdida, qualquer indício de que “aquele lance casual” talvez queira se repetir queira ser novamente revivido.
            Nada impede que esses lances casuais se repitam, e se repitam de novo e deixem de ser somente um lance casual, embora eu particularmente não goste de ficar dando “nomes” aos relacionamentos, o que importa não é o nome que esses têm, mas sim como as pessoas envolvidas se sentem com ele. Se  eles são felizes o nome é o que menos importa.
            Grandes histórias, um amor, uma grande amizade e tantas outras coisas podem começar apenas com um lance casual. E se nada além vir depois as recordações do que aconteceu já são suficientes. Nossas vidas são construídas de momentos, pequenas frações de segundos, pequenos espaços no tempo que se perpetuarão para sempre.
            O que dizer mais desses doces lances casuais, que são buscados por nós durante a vida inteira, que são repassados em nossa memória naquelas horas em que ficamos viajando sem fazer nada apenas divagando perdida em nossas recordações.
            Hum...viva os lances casuais, esses momentos que nos arrebatam, que nos tiram o chão ou sutis, suaves com uma música tocado apenas no violão...Apenas um lance casual...acho muito interessantes lances casuais.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

            Tenho crescido muito, minha independência veio naturalmente com o tempo.  Sei muito bem o que quero e principalmente o que não quero. Ainda tenho dúvidas e incertezas a final esse é o tempero da vida.
            Não teria graça acertar sempre, nunca ser surpreendido por algo inesperado que na maioria das vezes é muito melhor do que aquilo que planejamos ou esperávamos. Sou bem crescida faço minhas escolhas muitas erradas, mas todas minhas, porque minha vontade mandou.
            A vida anda me desafiando, me surpreendendo, abrindo e fechando portas a minha frente sem me dar tempo de entender. Mas para que entender, muito melhor é viver. Não sou inconseqüente não, apenas aprendi que oportunidades surgem e se vão muito rápido e não há garantias de que elas se repetirão então mergulhe, vá fundo, viva...tudo que não quero é mais tarde olhar para trás e me frustrar com aquilo que eu queria ter feito e não fiz.
            Se permita, sinta, ame, sorria, faça loucuras se achar que deve, corra até aquele que acha que é seu caminho, seu destino. Nada é tão definitivo que não possamos concluir ao longo do processo que não queremos mais aquele caminho.
            Não sei nada ao certo, às vezes até queria ter certeza de algumas coisas, mas fico com os indícios e possibilidades, é mais emocionante. No momento só penso em abrir bem os olhos, jogar fora o que me faz mal e nada me acrescenta, e ser feliz...deixar que a vida me surpreenda e vá largando indícios de qual caminho me espera, mas as decisões são todas minhas.
            Embora muitas vezes de certas coisas não se possa fugir e que bom que essas coisas existem, geralmente são essas que marcarão significativamente nossas vidas. E em um dia desses, quem sabe em um momento de loucura, ou de sensatez, corro até você e pago para ver.
            É quem sabe, não sei o que o dia de amanhã me reserva, então apenas aproveito e me divirto. Talvez um dia eu corra até você ou você corra até mim. Quem sabe?! Quem pode saber?

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

       Apenas vivo
             Caminhos tortos parecem insistir em me levar até você, quando eu menos espero, eis que você está de novo em minha frente assim sorrateiramente com um sorriso que confunde e por vezes embriaga.
            Não fujo mais, nem me escondo, apenas vivo...já não é sufocante, já não é sofrido é sutil e leve, sem promessas, sem espera, apenas momentos, boas recordações que já não tem obrigação de se repetir.
            Não procuro definição, acho que não encontraria um nome que conseguisse alcançar o real significado, já que nem eu mesma sei qual é esse significado. É engraçado, mas em alguns momentos chego a pensar que o universo conspira, quantas voltas esse mundo deu, quantas histórias aconteceram nesse intervalo de tempo e agora onde estamos nós?
            Não tenho procurado explicações, não tenho tentado entender, apenas vivo, cada instante, cada segundo sem pensar se terá um próximo...isso já não me angustia mais. Não espero nada, conto apenas com o inesperado, como o acaso, se é que esse realmente existe a final nada é por acaso ou é?
            É estranho e intrigante as voltas que demos e onde novamente viemos parar. Às vezes acho que estou de novo onde eu estava quando achei que essa porta tinha se fechado, quando eu dei por encerrada essa página. Ironicamente a deixei de lado, me ocupei com outras coisas, curei feridas e eis que agora a porta insiste em aparecer inesperadamente aberta a minha frente.
            O que será? Não faço a menor idéia, nem tão pouco estou buscando explicações, apenas vivo é o bastante. A final quando a página for totalmente escrita terei as lembranças, companhia para os momentos de saudades.
            O próximo capítulo? O que vem agora? Não quero saber, quando tiver que acontecer eles virão até mim, e eu...viverei, sem pensar, sem planejar, sem entender. A vida é muito maior do que o nosso entendimento alcança. Sigo vivendo, o que é nosso vem até nós sem que seja preciso correr atrás...

segunda-feira, 18 de outubro de 2010


             Romances, histórias de amores impossíveis, inacabados, idealizados, platônicos, todos vivenciados tão intensamente como se fosse o último de nossas vidas.
            Lágrimas derramadas muitas vezes pelo fim de algo que nem começou, desespero e melancolia, noites sem dormir, farras para esquecer, qualquer coisa que sirva de fuga para o que sentimos.
            Ah o amor! Buscamos tanto por ele, às vezes fugimos dele, mas nenhum de nós se quer por algum segundo cogitou simplesmente desistir dele. Estamos fadados a viver à sua procura e a nos perdermos em seus caminhos sinuosos e incertos.
            Incerteza, eis a palavra comum a todas as histórias. Nunca teremos total certeza se a pessoa gosta de nós na mesma intensidade que nós dela. Nunca teremos certeza, se ela pensa em nós, ou se fizemos a coisa certa, se interpretamos corretamente os sinais.
            Nunca teremos certeza de nada quando estamos falando em amor...nem mesmo nós por vezes, temos certeza do que sentimos, como podemos ter a ousadia de querer então ter certeza sobre o que outro sente?
            Essa é a graça e a desgraça do amor. Pois só queríamos saber se estamos pisando em terreno firme, se não estamos fantasiando, nos iludindo, mas como saber?
            Não existem fórmulas prontas e infalíveis, estamos sozinhos andando no escuro quando o assunto é o amor. E por mais doloroso que possa ser adoramos estar perdidos nessa estrada escura. Eis a certeza que faltava.
            Jamais desistiremos de nos atirar de cabeça em histórias inebriantes, envolventes, avassaladoras as quais em alguns momentos chegam a dar medo. Das quais muitas vezes desejamos fugir, até tentamos fugir, inutilmente, tem coisas das quais simplesmente não podemos nos esconder.
            Tem histórias que vêm bater a nossa porta. Não importa a distância e quanto tempo passe, como um fantasma elas sempre voltam quando menos se espera. No amor distância e tempo são duas medidas relativas, na maioria das vezes.
            O que nos resta então? Amar. Sendo correspondido ou não, de perto ou de longe, da mesma maneira ou de formas diferentes, mas amar. Ou alguém aí vai abrir mão desse sentimento louco e que nos matem vivos?

sábado, 9 de outubro de 2010

   Um dia cinza
            Amanheceu um vazio comigo hoje, você já não é mais uma possibilidade em minha vida, agora é somente uma lembrança agradável, uma lembrança doce.
            Não posso negar fiquei triste, não estava apaixonada, mas você é sem dúvida alguma, uma pessoa especial, que parecia quase perfeita para o momento, mas as coisas não são como a gente quer.
            Acho que o que incomoda mais é novamente não ter por quem suspirar, não ter mais a quem querer encontrar, por quem sentir uma bateria de escola de samba tocando em meu peito. Novamente meu coração está só, eu quis muito que você ocupasse esse lugar, cheguei a pensar que poderia de fato ocupar, mas não era para ser e agora preciso não mais pensar em ti.
            No início será dolorido, pois você foi algo muito bom em minha vida, mas a página precisa ser virada. Ou pelo menos deixada de lado já que ela me parece não estar concluída. Sim por algum motivo que não consigo definir em mim ficou a sensação de que ainda nos encontraremos de perto, que não houve um ponto final.
            Não quero pensar nisso agora, preciso mudar meu foco, pensar em outras coisas, ocupar minha cabeça, cuidar de mim e olhar para os lados, até porque a vida é surpreendente e novas possibilidades podem surgir sempre!
            Essa é verdadeira graça da vida, em não termos o controle de nada, em não termos certeza nenhuma, nem de que estamos fazendo a coisa certa ou errada, pois definitivo só o hoje. No momento só quero ficar um pouco quietinha, deixar aliviar essa dor sutil que em alguns momentos toma conta de mim.
            Você será sempre uma lembrança boa em minha vida, mesmo que a partir de hoje apenas possamos nos olhar de longe, acho que por isso é uma sensação estranha o que sinto agora, não há raiva, não é uma dor desesperada de perda, é só uma tristeza por reconhecer que algo que poderia ser já não será...
            Algumas lágrimas cairão nesse percurso, talvez eu não queira te ver agora, mas passa, eu sobreviverei. Nossas lembranças ficarão, como uma página feliz da minha vida, que sempre que eu quiser lembrar será só pensar no seu sorriso ao me olhar!

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

    Friozinho na Barriga
        Senti tanta saudade dessa sensação, de sorrir sem motivos, de ficar lembrando o momento exato em que meus olhos encontraram os seus.  De sentir esse friozinho na barriga que me acompanha desde aquela noite.
            Isso me assusta chega a me angustiar em alguns momentos, estou carente, há muito tempo queria sentir isso de novo, só não quero mais uma vez atropelar as coisas, me envolver e não ser correspondida.
            Confesso estou me sentindo mais viva, é gostosa a sensação de saber que talvez algo possa acontecer, de ter encontrado um alguém e ter passado algumas horas que valem a pena serem recordadas e até mesmo repetidas.
            Mas e essa incerteza, o que faço com ela? Ok tudo tem 50% de chance de dar certo e 50% de chances de dar errado, só que já me machuquei tanto, já confundi tanto as coisas que agora tento desesperadamente policiar meus pensamentos para que eles não me levem a mais uma ilusão.
            Não tenho como saber o que acontecerá, ficou subentendido que algo pode rolar, mas me pergunto será que realmente ficou subentendido? Essa incerteza é o que me mata, mas nada posso fazer as coisas precisam de tempo...
            Tenho que controlar meu coração, na verdade o caminho está aberto, nada impede que eu e você possamos continuar o que teve início naquela noite, mas não posso apressar as coisas...preciso confiar no que rolou naquele momento...
            Queria, realmente gostaria que nós dois pudesse ser...que pudéssemos talvez passar bons momentos juntos e descobrir o que é...me encantei e esse é meu maior medo, estou aqui agora colocando para fora todo esse sentimento que consome e talvez nada tenha ficado em você...
            Acho que não...mas não consigo confiar mais na minha percepção e também você pode ter mentido...Na verdade essa incertezas todas fazem parte do pacote...impossível pensar qualquer história sem esse tempero, esse nervoso, esse friozinho na barriga gostoso que faz termos certeza de que o sangue continua correndo em nossa veias.
            To escrevendo lamentos, mas no fundo há esperança...tenho esperança que talvez dessa vez seja diferente. É uma possibilidade não há como negar...agora só me resta aguardar os próximos sinais, os próximos acontecimentos... Pedi tanto para viver isso de novo agora mesmo que não dê em nada tenho que aproveitar...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Já é tarde da noite, me reviro em lembranças doces dos momentos junto a ti, sinto saudades já. Algo me perturba, me provoca uma leve inquietação que ainda consigo controlar, queria estar com você, eis a única certeza do momento.
Não sei exatamente o que estou sentindo, não sei muito bem o que esperar, na verdade não devo esperar nada, muitas expectativas são iguais a muitas frustrações, mas tem horas que me vejo sonhando...
Você foi algo especial em minha vida, foi algo diferente do que eu costumava vivenciar, queria te manter sempre por perto, mas sinto tanto medo de ser só uma ilusão. Você também pensa em mim? Era só o que eu queria saber...
Pisei no freio, policio meus pensamentos, tento não fantasiar nada, mas sei o que eu queria, o que quero que aconteça!! Estou cansada de me decepcionar, mas ao mesmo tempo sinto que não posso deixar de pelo menos tentar.
Onde você estará enquanto faço essas confissões não importaria muito se eu soubesse que por algum segundo lembrou de mim, sentiu de leve minha falta, como estou sentindo agora.
Por que teve que ser tão bom? Por que você é tão encantador aos meus olhos? Porque tinha quer ser um pouco daquilo que eu talvez tenha procurado sempre?
Só tenho medo de me apaixonar por você...só tenho medo de me machucar, mas você disse o que eu precisava saber para tentar me manter por perto. Agora estou aqui sentindo um misto de sentimentos, de dúvidas e certezas e dormirei e acordarei amanhã assim.
Vou pagar para ver...vou me fazer presente e ver se você mente ou de fato quer minha companhia...aos poucos bem devagar a minha pretensão é vir para ficar, te seduzir, te encantar...acho que devo tentar, já que você se parece tanto com o que eu procurava acho que isso é um bom motivo para me arriscar.
Risco maior seria deixar você escapar sabendo que a oportunidade existia, estava ali o tempo todo e eu nada fiz a respeito.
Sei exatamente o que quero e onde queria estar nesse momento, são essas as poucas certezas nesse mar de dúvidas que junto com você invadiu minha vida em uma noite despretensiosa dessas.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

   Walking after you...romance
          Romances, histórias de amor, são tão imprevisíveis quanto um tornado, às vezes parecem estar indo para um lado e em um milésimo de segundo mudam completamente sua direção, nos deixando sem ter para onde correr, onde se esconder e aí os estragos já estão feitos.
            Essa imprevisibilidade assusta, nos trava muitas vezes, nos faz na maioria das vezes duvidar do que estamos fazendo, dos passos que estamos dando, é como andar nos escuro, nunca saberemos o que realmente encontraremos quando as luzes forem acessas.
            São viagens sem rotas seguras, terão abismos e curvas durante todo o trajeto, mas se não percorrermos tal caminho nunca saberemos o que encontraríamos no final. Ah essa incerteza, essas muitas possibilidades que se abrem a nossa frente assim de repente...
            Quantos receios, quantos medos...quantos passos dados e muitos às vezes necessariamente retrocedidos devido as circunstâncias... não há como prever, não há como garantir nada só a emoção da busca, da espera e em algumas vezes do encontro...
            É isso que procuramos cada vez que nos arriscamos em alguma história que poderá ou não virar um romance, é isso que queremos quando nos dispomos a abdicar de noites de sono, de horas de tranqüilidade e concentração a espera de um sinal de que somos correspondidos, ou de que pelo menos aquela pessoa esteve pensando na gente.
            Não há como ser meio termo nessas histórias ou vivemos ou nunca saberemos o que poderia ter sido, a final o universo conspira a favor de algumas coisas, e se tiverem que ser elas acontecerão.
            O tempo esse aliado ingrato, sim ingrato porque ele não caminha na mesma velocidade que nós, ele pode nos atropelar ou até mesmo chegar bem depois do que nós ao destino desejado. Estamos nas mãos dele, não temos muita saída além de dar tempo ao tempo.
            Já me conformei e até mesmo conclui que tem que ser assim mesmo.  As coisas que acontecem intempestivamente nem sempre são as duradouras, é preciso construir um romance aos poucos, um degrau de cada vez, sem muitas ilusões, sem muitas expectativas, claro na medida do possível...
            Nossos maiores desejos e questionamentos só serão respondidos com o tempo!

sábado, 18 de setembro de 2010

  Incertezas                              
É sempre assim, sempre me deixo levar, sempre espero de mais, vou sempre além, por mais que eu tente controlar minha ansiedade tem horas em que sou vencida.
Talvez ainda haja uma possibilidade, nós dois ainda pode ser, mas não tem uma hora certa para acontecer, não há garantias...e é isso que me mata, que devora por dentro, mesmo que por fora eu transpareça segurança e tranqüilidade.
Sei que a emoção do romance é essa, essa imprevisibilidade, essa constante incerteza, o não saber ao certo quando, nem onde, mas tenho andado só ultimamente e por mais que essas sensações me façam sentir viva, eu também tenho receios e medos, não queria esperar algo em vão, esperar de onde não virá.
É apenas essa certeza que me falta, a certeza de saber que para ti também foi bom, que em ti também ficou a vontade de replay...se eu soubesse isso não seria tão angustiante voltar para casa e torcer para te reencontrar.
Não confio na minha percepção e não sei se devo acreditar nas palavras que espontaneamente me falou, não havia motivos para mentir, ou havia? Todas essas interrogações me consomem e não falo porque parece loucura...como vou explicar, como vou admitir que você mexeu comigo e quero te encontrar novamente.
Acho que não preciso falar, já deu para perceber, mas mesmo assim fujo do que posso estar sentindo e enquanto eu não falar, posso seguir me enganando. Exatamente, enganando a mim mesma, porque aos outros acho que já não engano mais.
Eu sei a vida é assim, talvez essa não seja uma porta aberta como pensei, talvez tenha sido apenas uma vez e não adiantará nada eu me debater tentando encontrar explicações nas entrelinhas do que foi falado. Ou talvez a minha hora tenha chegado, mas eu precise ter calma ,pois as coisas acontecerão ao seu tempo e não no meu.
Dúvidas, dúvidas, somente a certeza de que não terei respostas é o que tenho, terei que esperar, viver, me despedaçar, para depois novamente você, ou alguém me juntar. Terei momentos iguais a esse em que meu último recurso será procurar nas palavras uma vazão para minha ansiedade e inquietação, e outros em que pensarei que essa angústia toda valeu a pena em que mais uma vez a vida me surpreenderá como naquela noite...

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

CORRER OS RISCOS



Sentir viva, sentir esse friozinho na barriga, há muito queria sentir isso de novo. Há muito tempo pedia para sentir essa ansiedade, quase constante, essa espera por algo, por um telefonema, um oi, um sorriso, que não tem como precisar quando irá acontecer.


Não há como ter certeza de nada, não há como prever quando irá acontecer se irá realmente acontecer, mas vale a pena a espera, correr esse risco.


Na maioria das vezes essa espera quase nos consome, chega a ser sufocante, mas é só para dar mais emoção ao momento...quando ele chegar. Ah...esses momentos totalmente inesperados, surpreendentes, arrebatadores que nos deixam sem ar momentaneamente, que nos fazem rir, chorar, gritar...esses momentos são tão vitais, tão essenciais para que possamos nos sentir de fato vivos.


Podem nos tirar o sono, a concentração, o apetite, mas não importa são esses momentos que farão a diferença no fim do dia, e ao longo da vida...Momentos intempestivos, avassaladores que nos tiram o chão e nos colocam um sorriso no rosto e um brilho no olhar...



domingo, 12 de setembro de 2010

Sem máscaras


Estive pensando é quase impossível não magoar as pessoas, mesmo não sendo intencionalmente. E para mim isso é bem mais difícil do que parece. To sempre tentando de todas as formas agradar aos outros, não dizer não, não ferir, mas isso me custa tanto, me esgota, me faz até mentir para mim mesma.

É tão ruim sentir isso, é tão ruim estar sempre procurando justificativas, desculpas, estar sempre sorrindo para todos os lados, fingindo que está bom quando na verdade eu queria fazer a minha vontade e mandar o mundo explodir.

To tão cansada de ser a boa moça, a certinha, a quase perfeita sendo que na verdade tenho milhares de defeitos, cometo muitos erros, muitos deles repetidas vezes, quebro a cara, magôo as pessoas também.

Sou de carne e osso e meu mundo não é cor de rosa, eu também em certos dias quero jogar tudo para o alto, também quero às vezes pintar meu mundo de cinza e me esconder atrás dos muros que construo ao meu redor.

Tenho tanto a dizer e tenho percebido que ainda não me revelei para a maioria das pessoas que vivem junto a mim há muito tempo. Tenho lados, ângulos que ninguém nunca viu, no entanto talvez esteja na hora de serem revelados. Acho que cansei de me esconder, ou melhor, me omitir, agora preciso dizer se gosto, não gosto, se quero, não quero e ser feliz com minhas escolhas e meus tropeços.

Já sufoquei dentro de mim mesma tanta coisa, já gritei em silêncio tantas vezes, já dei murros em paredes, já quis quebrar tudo...e essa sensação é dolorosa, angustiante, e por vezes inútil. Chega, cansei, esgotei as desculpas, desaprendi as mentiras.

Preciso agradar a mim e não somente aos outros...desculpa pode até parecer outra, mas não se enganem, essa não é outra pessoa, é a real que finalmente decidiu sair do seu casulo...creio que já estava quase passando a hora...

terça-feira, 31 de agosto de 2010

Leve desespero



Concluí que não devo saber amar...por mais que já tenha quebrado a cara mil vezes tem erros que ainda não consegui consertar...na verdade já nem sei se são erros...

Sempre espero demais das pessoas, idealizo, me iludo e quebro a cara, mas será que é tão difícil encontrar alguém que corresponda ao que eu sinto?
To cansada de esperar e não encontrar com quem sonhar, por quem esperar ansiosa uma ligação, de ter em quem me esconder em noites frias e dias ruins...me sinto sozinha...

Não sonho com príncipes encantados o que quero é alguém bem real, palpável. To procurando no lugar errado? To fazendo alguma coisa errada? Juro tem horas que me bate um leve desespero.

Loucura? Talvez, mas agora estou odiando tudo que sinto e já senti, tudo que disse e ainda vou dizer, é confuso, você me confundiu não quero ter alguém que não seja real, que não esteja ao alcance do toque da minha mão...
Essa nossa brincadeira parecia ser a coisa certa naquele momento, deixei me envolver, tudo fazia sentido...mas aí percebi que na verdade não tínhamos nada...você sumiu e confortei minha mente pensando que sabia exatamente qual função tu tinha tido na minha vida.

No fundo senti um pouco, pois meu coração anda sedento de emoções fortes e você era uma possibilidade naquele momento, mas superei e considerei como um aprendizado emocional.

Mas aí você surge em um dia em que só a melancolia me acompanhava, dizendo sentir minha falta, que eu te faço bem e que trocava qualquer companhia real pela minha virtual..."pô" o que você quer que eu pense, eu preciso de alguém de verdade ao meu lado.

Você não tem culpa disso, eu que não posso entrar em uma história assim, preciso aprender a reconhecer meu limite, até onde posso ir sem me machucar e para mim já deu.

Pode parecer loucura, mas estou em um momento em que brincadeiras não me satisfazem mais. Você estará muito longe daqui para suprir aquilo que realmente me falta e você parece não compreender isso.
Porque me disse tudo aquilo? Droga os porquês não são importantes, a única coisa que interessa é o fato de estarmos muito longe e termos necessidades diferentes. Isso basta para minha decisão.
Me prender aos significados sinceros ou não de suas palavras é inútil, se o que nos separa não se dissipará no ar quando eu acordar. Você pode me achar uma louca, mas preciso assumir o controle, já sofri e esperei demais das pessoas e algumas vezes elas nunca me deram motivos concretos para isso.

Agora a vontade é de chorar, porque só tem um vazio aqui comigo, e no fundo uma raiva por nós dois, por um motivo totalmente alheio a minha vontade eu insisto em pensar em você. Há muito tempo tenho sentido vontade de te encontrar de novo nesse momento da minha vida.

E independente do atual desfecho ainda mantenho essa vontade em mim, mas talvez agora eu precise de um pouco mais. Eu preciso de amor, ser amada, ter braços onde me esconder, e um corpo quente para desejar ardentemente junto ao meu, só no papel já vivi histórias demais, já cansei de ir dormir sozinha a noite.

É o fim, ou melhor, reticências nessa história, pois só tenho colocado reticências em minhas histórias ultimamente. E já não acho isso mais tão negativo, a vida é uma caixinha de surpresas, tem portas que mesmo depois de fechadas inesperadamente  surgem  abertas diante de nós.











quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Acho que nessa manhã cinza descobri o que realmente me entristece, o que me faz ter um dia como o de ontem...encontrei a razão do vazio que tomou conta de mim e me fez querer chorar.O que me entristece é a falta de ter a quem amar, em quem pensar, por quem até mesmo sofrer e chorar. A sensação é ruim, é um sentir saudades de algo que nem mesmo sei o que é ou onde está. Como isso me atormenta...

Falar aos outros sobre essa falta parece estranho, pois tenho tantos amigos que estão sempre ao meu lado nos momentos difíceis, no entanto não é disso que estou precisando, a companhia que me faz tanta falta às vezes, não é de um amigo.

Tudo bem eu sei o quanto é difícil gostar de alguém e não ser correspondido, ou estar longe de quem se ama, porém não ter  a quem amar também dói. E há tanto tempo meu coração se encontra vazio...

E agora sei que é essa falta de ter por quem esperar que me machuca, que me perturba. Tenho tido que tomar tantas decisões importantes, tenho  tido que crescer e isso é difícil....

Há uma grande confusão dentro de mim, muitas coisas estão acontecendo a maioria delas boas, mas sinto falta “daquela” pessoa para dividir. Coisas ruins também acontecem, perdas inevitáveis diante do processo de crescer e queria ter “aquele” abraço confortador no fim do dia.
Para muitos pode parecer que tudo isso não passa de carência, de lamentações de alguém extremamente carente...tudo bem confesso, sou um pouco carente sim, no entanto é maior do que isso. Sinto vontade de me apaixonar, sentir aquele friozinho na barriga com a simples possibilidade de encontrar a pessoa. Ser surpreendida em uma tarde de sol, ou em um dia de chuva por uma visita inesperada e um sorriso que me desarme.

Ok, não quero um príncipe encantado perfeitinho, quero alguém cheio de defeitos igual a mim, mas que também queira estar ao meu lado em noites de chuva ou em dias de sol...não acho que seja tão difícil encontrar, ou é?

Músicas tristes, palavras desconexas, frases inacabadas, lembranças, uma mistura de tudo isso me fez sentar aqui e escrever esse texto...Não me sinto mais leve agora, ainda quero chorar, porém sorrindo será mais fácil encontrar o que tanto procuro...






sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Faz frio lá fora...é noite e estou no mundo seguro das paredes do meu quarto, uma música de fundo, solos de guitarra servindo de inspiração.
Acho que tenho crescido nos últimos tempos, revisão sentimental é o que tenho feito, conclusões, reflexões, pontos finais ás vezes são necessários.

Tenho pensado diferente agora, vejo de outra forma minhas experiências não que isso signifique menos sofrimento, mas até meu sofrimento está diferente

Vejo algumas coisas mais claras do ângulo que me encontro agora, consigo uma outra visão daqui onde estou. Agora sei que as pessoas têm funções diferentes em nossas vidas e que sua duração em nosso caminho também tem um tempo limitado.

Dessa perspectiva parece mais fácil aceitar certas coisas inevitáveis como perder pessoas...mesmo aquelas que por nossa vontade ficariam para sempre ou que nós ainda não percebemos que seu tempo se esgotou.

Dói menos pensar assim? Não, só é diferente, se torna mais fácil aceitar, mas a dor? Essa continua, talvez um pouco mais silenciosa...mas ela continua aqui muitas vezes rasgando o peito.

Mas precisamos de respostas, porquês para tudo e acho que pode ser por isso que me sinto melhor agora...ou estou apenas me enganando, me protegendo da verdade?

Acho que não, me encontro em um momento de virar páginas, encerrar histórias que já chegaram ao seu fim há muito tempo, pontos finais são necessários para que novas histórias possam começar.

Portas terão que ser fechadas mesmo com lágrimas, preciso admitir que estou dando voltas no mesmo lugar e que isso não me leva a nada.

É hora de crescer de repensar minhas atitudes, minhas posições de fazer uma limpeza interna, momento de aprendizado emocional. Os mesmos erros são cometidos repetidas vezes e só sei constatar isso e nada fazer a respeito.

Me vitimizar, me desesperar, gritar não é o bastante ta na hora de agir, mudar, compulsão a repetição chegaaaa...

Sou muito mais do que isso, é preciso chorar tudo que tem para chorar e após abrir os olhos e olhar além, estou limitada ao que meus olhos alcançam e o infinito é bem mais atraente e merece ser explorado.

Me arriscar mais, me jogar, me mostrar, acho que já chega de me esconder. “Confiar em mim” que engraçado ouvi isso e senti na hora que é o que eu preciso para quebrar minhas regras e mudar as coisas de lugar.

Bagunçar um pouco, experimentar novos lugares, novas cores, me permitir ousar, pagar para ver, fazer tudo aquilo que por enquanto ainda está restrito apenas ao universo das palavras.

Vou gritar isso a mim mesma todos os dias pela manhã até me convencer, até se tornar real...

domingo, 15 de agosto de 2010

Dias Assim

Eu bebi saudade a semana inteira, saudade de algo que nunca tive, que ainda desconheço, mas a saudade está aqui, deixando meu olhar triste, meu sorriso sem luz, minha voz cansada.

Não gosto de me sentir assim, não me permito ser triste tendo mil motivos para ser alegre, mas aquele motivo que procuro incansavelmente eu ainda não encontrei.

Sendo assim em dias como esse deixo a tristeza tomar conta de mim, me refugio em músicas tristes e no silêncio dos meus pensamentos, por hora esses chegam a me sufocar e grito calada em meu peito. Quase sem ar...

Essa tristeza não causa dor, mas um desconforto, um incomodo, algo difícil de explicar...sei exatamente o que espero em dias assim, o que queria encontrar na primeira esquina que eu virar.

Tudo bem eu sei que as coisas não são assim, que não são como a gente quer. No entanto, isso não impede que em determinados momentos eu me revolte e acabe ficando meio sei lá, em dias assim.

Ninguém entenderá se eu decidir explicar ou dividir tais sentimentos, por isso prefiro contemplar o silêncio. Observar o nada, qualquer coisa, viajar em meus pensamentos, deixar que essa melancolia se vá igual ao vento...

Aos poucos o tempo vai passando e começo a enxergar as coisas com mais clareza e resignação. Sou uma romântica assumida e disso não consigo fugir. Não espero mais por príncipes, eu prefiro o sapo, mas que seja irresistivelmente encantador, que me faça sorrir sem motivos, que me surpreenda e principalmente que corresponda ao que eu sinta.

Sei que vou encontrar quando menos esperar, que talvez ainda não seja o momento ou que está mais perto do que eu imagino, mas ainda não tive aquele “click” ao olhar para ele.

Enquanto as coisas não acontecem fico procurando em cada esquina por medo de deixar passar por mim sem perceber a oportunidade e não mais voltar. Sei que do céu não irá cair em um dia de chuva, preciso ter participação nesse processo, mas não depende exclusivamente de mim.

Sendo assim permaneço não a espera, mas sim a procura. E continuarei até lá tendo dias assim, em que tudo é docemente cinza e melancólico. Não dói, só desacomoda coisas que poderiam ficar sem serem remexidas, sem serem revisitadas.

Dias assim...onde a minha solidão em meio a tanta gente fica mais evidente, mais gritante...

sexta-feira, 13 de agosto de 2010


Queria ter certeza das coisas...mas tudo que seus olhos me trazem são dúvidas...
Decido numa hora que vou te conquistar e no momento seguinte duvido e acho que é tarde demais
Às vezes, acredito que já te perdi que levei tempo demais para decidir que queria entrar nessa briga...
Você me confunde ta sempre indo e vindo na minha vida...estar contigo é sempre tão intenso...custa a cicatrizar
Você me olha e parece querer falar com os olhos...só não sei se to lendo da maneira correta
Não tenho chão firme quando o assunto é você, me perco, me arrisco, me machuco...
Queria saber o que fazer, o que dizer quando estiver frente a frente a você...mas não sei...
Você é um completo mistério para mim...e o que me dá mais medo é que me vejo presa a você...cara você balança minhas estruturas, me deixa sem ar, e sempre consegue me surpreender mesmo sem querer...
Droga será que to me apaixonando...não posso você não é meu...mas ao mesmo tempo deveria tentar
Do contrário o “se” vai sempre me atormentar...to sempre buscando porquês para suas atitudes inesperadas tentando explicar para mim mesma porque você sempre vem até mim...quando menos espero
O que suas atitudes querem dizer? Ando sem rumo com essa história toda atormentando minha cabeça...certezas e dúvidas dividindo meu pensamentos
Pareço estar prestes a me jogar de um prédio de olhos vendados, essa seria a melhor descrição para o que sinto nesse momento
Só queria correr até você e dizer tudo que sinto perguntar tudo que me atormenta mesmo que seja para voltar arrasada, mas pelo menos teria certeza de alguma coisa, iria doer com motivos
Falta coragem...mas então o que devo fazer...ficar e esperar? Ver você ir? Ou alguém te levar?










15/03/2010