terça-feira, 27 de dezembro de 2011

            Me recuso a aceitar determinadas coisas, determinados rumos que a vida costuma tomar. Sei que isso não cabe a mim, mas simplesmente não compreendo, porque certas coisas tem que ser assim.
            Fico ouvindo e vendo histórias passarem em frente aos meus olhos e muitas delas a meu ver deveriam ter outro desfecho, não entendo porque simplesmente não aceito que as coisas são como tem que ser.
            Ora eu até aceito, mas certos momentos não deveriam se perder, certas pessoas não deveriam se afastar. O que se faz com as lembranças tão vivas que insistem em ficar vindo a tona nos momentos mais improváveis?
            O que se faz com uma ausência que é quase uma presença? O que se faz quando nada faz esquecer? Não tenho essas respostas, no entanto adoraria tê-las.
            Seguir em frente é tudo que se pode fazer, mas parece que isso às vezes não é o bastante, parece que certas coisas nos acompanham, mesmo quando tentamos mantê-las escondidas no fundo de uma gaveta qualquer onde nem mexemos muito.
            Que ilusão...sentimentos não são possíveis de serem escondidos. Eles não se desgrudam de nós facilmente como gostaríamos, eles seguem muitas vezes em frente conosco.
            Eles doem, adormecem, voltam a doer e voltam a adormecer seguindo um movimento próprio que quase não depende de nossa vontade. Não sentimos quando decidimos sentir. Hoje vou me apaixonar, amanhã esquecerei, isso não existe.
            Os sentimentos chegam e nós não temos controle algum sobre eles, e isso muitas vezes me enlouquece. Mas paro e penso que previsível e monótona seria a vida se controlássemos a cada momento o que sentir. A vida não seria surpreendente e ultimamente essa característica dela é o que mais tem me confortado.
            O fato da vida sempre nos surpreender me conforta, pois me mostra que não se pode ter certeza de coisa alguma, que nada é tão definitivo e que quando menos esperamos algo que nem imaginávamos pode acontecer.
            Continuo não aceitando certas coisas, mas adoro pensar que definitivo só o dia de hoje e que amanhã aquilo que hoje parece improvável pode vir a acontecer...

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

                                                Fio tênue
Horas estranhas de dias que parecem sem fim. A falta de algo que se foi tão rápido e que eu queria trazer de volta permanece. Não há uma espera, mas sim um fio tênue de esperança, tão tênue que em determinados momentos chega a quase se romper, mas sei lá porque não se rompe.
            Há uma tristeza que não me deixa, a vida segue, mas não deixo de sentir, não deixo de querer. Há uma tristeza em meu olhar cada vez que alguma lembrança vem, não posso evitar, talvez não queira.
            Os dias tem andado mais cinzas, tem algo faltando e por mais que a vida siga que outras coisas boas aconteçam àquela falta se sobressai em certos momentos. E não sei por quanto tempo será assim. Talvez dependa de mim por um fim, só que eu não faço nada para isso, me recuso a fazer qualquer coisa a não ser por reticências nessa história.
            Sim reticências porque não me convenci ainda de que seja um ponto final, não me convenci de que é só isso e ponto. Não, ainda há mais capítulos, páginas nessa história. Talvez demore muito tempo para que eles aconteçam, mas acredito que ainda aconteçam, que ainda volte.
            Tudo bem devo ser louca, iludida ou como quiserem classificar, mas dentro de mim algo diz isso, e talvez seja por isso que o fio tênue de esperança nunca rompe. Ninguém entende, mas tenho meus motivos, que de alguma forma justificam tudo isso.
            A vida vai seguindo meio sem cor em certos dias, mas vou em frente sem saber ao certo o que me aguarda na próxima esquina, no próximo segundo. Isso dá medo, esse não saber o que virá me angustia embora seja a graça da vida. Toda essa indefinição de certo modo é positiva, mas me assusta.
            E lá vou eu vivendo, sorrindo, em alguns momentos chorando, mas torcendo para que toda essa loucura que mantém esse fio tênue no final tenha tido uma razão real.

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ando triste, e nada que eu faça afasta essa melancolia de meus pensamentos. Não consigo compreender porque as pessoas tem apenas passado pela minha vida, mas não permanecem.
Tantas eu adoraria que tivessem ficado pelo menos um pouquinho mais, mas elas entram e logo saem e isso independe da minha vontade. Algumas partidas supero facilmente, mas outras seguem doendo por certo tempo. Essas são aquelas que pareciam serem quase perfeitas, que nos fazem bem somente por estarem ao nosso lado.
São essas que doem mais, são essas que insistem em permanecer no nosso pensamento mesmo contra nossa vontade. São essas àquelas que muitas vezes nos recusamos a aceitar que se foram e passamos às vezes até uma vida inteira com a esperança e o desejo de que um dia possam voltar.
Uma amiga certa vez me disse que “sempre voltam”, quase acredito nela, na verdade tenho me convencido de que sim, no entanto isso não faz com que doa menos, somente conforta, pois o que será do tempo que levará para voltar?!
Esse “tempo” incerto, indefinido também maltrata, principalmente quando nosso pensamento parece insistir em não conseguir arrancar certas lembranças, quando tudo teima em nos fazer lembrar...
Machuca tentar encontrar os motivos para nada ter dado certo, para ninguém ter ficado, talvez não seja a hora, talvez eu ainda não tenha encontrado a pessoa certa, ou errada, o meu sapo, ou o nome que queiram dar a pessoa que chegará e só dessa vez ficará.

sábado, 9 de julho de 2011

Tem horas difíceis em meu mundo, horas em que não consigo parar de pensar em coisas do passado que não podem e nem mesmo eu quero que sejam mudadas, horas em que me atormento tentando antecipar o futuro, morrendo de medo de que seja muito tarde para algumas atitudes serem tomadas, ou alguns sentimentos serem revelados.
            Acho que na verdade eu não sei muito bem o que quero, ou acho que não deveria querer tal coisa. Tudo parece loucura, parece coisa da minha imaginação. Tento não esperar nada, viver cada coisa a seu tempo e sei que esse é o melhor caminho, mas no meio dele me pego fazendo justamente o contrário.
            No meio do caminho me encontro em horas de ansiedade e temor de nem sei bem ao certo o que. Acho que tenho medo de viver, e o que me atormenta é justamente essa constatação. É o medo de nunca perder esse medo e por causa dele perder histórias e experiências incríveis.
            Não é nada fácil admitir isso, não consigo pensar em outra coisa, mesmo sabendo que somente pensar a respeito e nada fazer não ajuda em nada. Mudanças, preciso promover algumas mudanças, mesmo que sejam sutis, mas elas precisam ocorrer.
            Preciso me desapegar de certas coisas do passado que não deram certo, ficar somente com as lições aprendidas, mas deixar de olhar para elas como se tivesse buscando um meio de corrigi-las. Não se muda o passado, o que pode ser feito é não repetir os mesmos erros.
            Outra constatação que me angustia, ainda repito os mesmos erros, e mesmo sabendo disso pareço simplesmente não conseguir agir de outra forma. Droga, preciso virar o disco. E aí começa mais um tormento, sei de tudo isso só ainda não descobri como dar o primeiro passo, por onde começar, o que fazer.
            To sempre no plano das idéias e muito pouca ação. Quanto mais eu ficar ansiosa com isso, menos consigo agir, só que o tempo está passando, este não para, e só não quero mais tarde ver que perdi coisas importantes que estavam aqui ao meu lado e deixei passar. Esse é o grande medo que sinto agora e é isso o que me atormenta tanto e me tira o sossego.

quarta-feira, 8 de junho de 2011


Não espero nada mais, deixo as coisas serem como devem ser a final não estão sob meu controle.
É engraçado, mas parece que quando desisti de te conquistar, quando achei que essa porta tinha se fechado para mim foi aí que a vida mostrou justamente o contrário, nos jogou novamente um na vida do outro mais uma vez e mais uma vez.
Não sei bem porque, mas nos atraímos, estamos sempre próximos, nos reencontrando pelas esquinas da vida. É engraçado, mas me faz bem estar perto de ti, conversamos, damos boas risadas juntos, debatemos assuntos sérios e bobagens, nos divertimos.
Não sei muito bem classificar o que sinto, você é certamente um bom amigo, mas tem algo mais nas nossas entrelinhas. Não sei bem o que é, nem ao menos tento decifrar o que teu olhar esconde e o porquê de estar sempre em minha vida de uma forma ou de outra, de sempre voltar a mim.
Deixo as coisas serem, assumo que às vezes sinto falta não só do físico, mas da sua companhia, de rir com você. Isso me assusta, mas levo na brincadeira, apenas deixo ser, não me privo dos nossos momentos a final são tão bons porque fugir?
Vivo sem expectativas cada surpresa que você me apronta, pois sim você está sempre me surpreendendo e confesso que gosto disso. Surpreenda-me, arrebata-me me deixe sem saída...
Onde tudo isso irá parar, não faço a menor idéia to aproveitando o que tenho hoje e deixo que o final dessa história chegue a seu tempo e como tiver que ser. Quem sabe eu não me surpreenda mais e mais e mais.
 
            O que fazer para te seduzir? Como faço, qual dica para prender você, para fazer com que se encante e queira minha companhia?
            Acho que nenhuma dessas perguntas tem resposta, não há receita para essas coisas, elas simplesmente acontecem. Conquistamos as pessoas naturalmente, sem precisar fazer esforço, a final elas tem que se apaixonar pelo nosso sorriso sem graça, nosso mau humor e não por uma representação muito bem pensada e produzida de uma mulher fatal e cheia de si.
            É preciso que quem se apaixone por nós, se apaixone não só pelas qualidades, mas também por nossos defeitos. De nada adianta planejar o que dizer, quando fazer para seduzir a outra pessoa, essas coisas não estão sob nosso controle, pois infelizmente nem todos que queremos se rende a nosso charme encantador.
            Quando não planejamos, quando não esperamos, quando agimos naturalmente sem calcular os efeitos de nossas palavras ou de nosso olhar sedutor, acho que é aí, exatamente aí que o amor acontece. É nessa despretensiosa naturalidade de ser e de agir que seduzimos com aquilo que de mais sincero temos: o “nós” verdadeiro de carne, osso e imperfeições.

sexta-feira, 13 de maio de 2011


As horas parecem não passar, no peito uma angustia sem nome, sem razão aparente, mas que não me deixa em paz. Noites assim parecem intermináveis, e tudo nelas é docemente triste.
Nada aquieta o coração e tudo que me faz companhia é aquela saudade, imensa de coisas que não teremos mais, que não podemos ter, ou que tivemos por um tempo tão breve que não condiz com as marcas que deixam para trás.
Voltar no tempo não se pode, então nos resta reviver mentalmente esses momentos que queríamos ter de volta ao menos por uma noite. É tão triste reviver certos momentos, doeria menos se eles sumissem de nossa memória.
Mentira. Eu odiaria não poder contar nem com as lembranças nessas noites frias em que tudo parece sem graça, sem cor. Me sinto tão só às vezes, que tudo que eu queria era uma companhia, alguém para me fazer sorrir, para me fazer cafuné.
Já cansei de me questionar por que as coisas são assim, porque não saem como eu queria, porque ainda não encontrei a reciprocidade que tanto procuro, às vezes canso! Mesmo ouvindo de tantos que ainda encontrarei...
Quanto ainda terei que esperar, quantas pessoas especiais passarão pela minha vida deixando aquela sensação de que seria tão bom se ela fosse “aquela pessoa”? Quantas noites irei dormir sentindo vontade de ter braços onde me esconder, quantos dias chegarei em casa  e não terei ninguém a me esperar?
Ando meio sem paciência ultimamente para esperar, esperar e esperar...mas não há outra solução a final tudo tem seu tempo, embora o meu tempo esteja demorando...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

                                                        Esse sentir
            Já repensei, já jurei para mim mesma que iria fazer diferente, mas quando vejo os erros se repetem, um pouco diferentes, mas os mesmos erros.
            Não sei explicar, não sei classificar o que sinto, só sei que sinto, que por vezes tal sentir adormece, no entanto quando me distraio lá vem ele de novo colocando meu mundo em certos dias de pernas para o ar e em outros sendo uma confortável companhia.
            Seria inútil dizer que não, me disseram que meus olhos falam então acho que todos já viram. Teus olhos às vezes parecem falar, não tenho muita certeza se li corretamente, mas não gosto quando vejo tristeza neles.
            Ninguém entenderia, não falo, prefiro calar, todos exigem explicações, nomes e no momento não tenho um para dar a esse meu sentir. Sinto sozinha, e me satisfaço apenas em saber que é meu esse sentir, mesmo que doa, mesmo que não deixe de ser apenas meu.
            Engraçado tinha me considerado exorcizada desse sentir, achei que tinha superado, que já não era a mesma coisa, mas acho que estava enganada. Diferente?  Sim é, tem outras nuances agora, outras formas, outras sensações, mas o sentir parece o mesmo. Acho que não posso fugir, não depende só de mim, se eu tentar me esconder tenho a sensação de que sempre irá me encontrar.
            Não quero pensar, não quero nada, o dia seguinte é o que importa e esse não pode ser totalmente planejado, não pode ser idealizado. Tento não esperar nada, não pensar em nada, mas às vezes isso é impossível.
            Ah esse sentir o que ele poderá me trazer, talvez nada, talvez um monte de coisas que hoje não consigo imaginar. Não há como saber então me contento em sentir com toda intensidade até a última gota para quando passar eu não ter a sensação de que faltou algo por fazer.
            Sinta também, não se prenda a conceitos seja feliz e sempre que precisar de uma forma ou de outra acho que sempre me encontrará aqui. Não hesite só o que espero é um sorriso e tudo ficará bem!!

terça-feira, 22 de março de 2011

Tenho sentido um medo mortal, quase paralisante. Tenho me desiludido tanto, ando há tanto tempo sem ter ao menos uma pessoa que sinta minha falta por alguns minutos do seu dia que acredito ter pedido o jeito, ter desaprendido a perceber quando alguém está ou não interessado em mim.
            Tenho muito medo das coisas que sinto, das coisas que acho que estão acontecendo. A final um amor pode surgir assim despretensiosamente, quase sem querer em poucos minutos ao lado de uma pessoa? É possível se apaixonar em um olhar, em instantes que nunca imaginamos que aconteceriam e que de repente passam ser a impulsão para o desejo de novamente estar com aquela pessoa?
            Não sei...só sei dizer o que estou sentindo, só posso falar da minha vontade de te ver de novo, da minha vontade de que assim como em mim em você também tenha ficado um resquício daquela noite, uma vontade também de me reencontrar, em uma noite como aquela em que nada parecia que iria acontecer.
            Continuo a afirmar tenho muito medo do que eu possa vir a sentir, ou ainda pior do que posso já estar sentindo. Brigo comigo mesma para não pensar, não querer, mas na maioria das vezes acabo vencida.
            Não sei o que fazer, já não sei mais nem o que pensar, o medo me paralisa e me faz ter momentos em que me atormento me debato, por vezes posso dizer que até me desespero. Medo eis minha única certeza do momento.
            Será que é possível ter me envolvido sem nem sentir, sem perceber. To com sintomas de saudades? Saudades de você? Não posso, não sei se é recíproco.
            Reciprocidade, eis a palavrinha mágica, só o que quero. Somente reciprocidade, não deve ser tão difícil assim. Mas não tenho encontrado e todas às vezes que surge uma possibilidade meu coração fica aos pulos e novamente o medo e a incerteza começam a fazer parte da minha rotina.
            Ao escrever esse texto tudo o que quero é ser surpreendida, é ter algum sinal de que todo esse medo não teve motivo real, de que dessa vez é recíproco. Mas tenho mais medo de descobrir exatamente o contrário.

quarta-feira, 2 de março de 2011

       Não devo saber amar
            Acho que o amor não foi feito para mim, ou ao menos que ainda não aprendi a amar. Já estou a tanto tempo sozinha, apenas encontrando desilusões que só o medo é certo em mim.
            Nunca sei se as coisas são reais ou se a minha vontade de que elas sejam as fazem parecerem reais. Já estou tão cansada de esperar de onde nunca virá nada, que já me ceguei.
            Minha percepção está totalmente distorcida, minha insegurança me governa e só me torturo cada vez mais. Por vezes canso e choro. Juro que vou desistir de procurar, tento me convencer de que é melhor não pensar no assunto, inutilmente, pois na manhã seguinte tudo volta ser como antes.
            Acho que até os mesmos erros cometo, e por mais que tenha consciência de cada um deles os repito compulsivamente. Sim, eu não devo saber amar, sempre atropelo meus sentimentos e nunca tenho certeza da reciprocidade deles. Me angustio, me torturo e fico perdida sem saber o que fazer...
            Será que alguém sabe? Alguém saberia estando no meu lugar? Pergunta sem resposta esta! Quando se fala em sentimentos, não existem fórmulas, nem certo ou errado, tudo é um risco.
            Sei bem disso, só que todos os riscos que corri não me levaram a nada. Mentira. Me levaram a momentos que não esqueço, que um dia talvez voltem a se repetir ou não. Alguns deles já tiveram seu tempo e passou.
            O que me mata é que queria um risco por mais tempo, um risco mais duradouro! Uma história, um alguém...algo recíproco!!!
            Não estou procurando em cada esquina, mas estou sempre com a esperança de me distrair e encontrar! Às vezes chego a pensar que encontrei, mas como estou sempre na dúvida...Meu medo é ter deixado escapar por distração...
            Ainda não sei amar, espero sinceramente um dia aprender!!! Se é que de fato amar seja algo que possa ser aprendido. Às vezes eu mesma duvido disso!!
                                                

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Quando sabemos que começamos a gostar de alguém? Será que sabemos exatamente o momento em que nos apaixonamos?
            Difícil responder, nem sempre percebemos que estamos gostando até ficar longe, até perder ou alguém nos dizer na cara o que está obvio para todos menos para nós.
            Como saber se estamos gostando de alguém, principalmente quando nos esforçamos para não nos envolver, para não nos deixar cair de amores e depois quebrar a cara...mas como resistir quando encontramos pessoas tão especiais, que nos balançam, que nos tiram o chão o ar. Que por mais que tentemos resistir quando vemos estamos entregues por instantes e querendo que aquele tempo não termine!
            Eis o perigo!! Saímos desses momentos no considerando imunes, como se tivéssemos escapados ilesos. Quanta ilusão, jamais saímos sem marcas, iguais de momentos tão intensos.
            E aí nos espaços de tempo entre esses encontros tão esperados e temidos vamos nos dando conta que a saudade surge, a vontade de estar perto, de por vezes querer apenas a presença daquela pessoa por perto para se sentir melhor. Eis que começam nossas dúvidas, nosso medo de descobrir o que realmente estamos sentindo.
            Aqui tentamos negar, tentamos fugir, nos fazer de fortes, dizer que não queremos nos envolver, mas aí já era. Nesse estágio já é tarde demais já começamos a nos encantar, a gostar daquela pessoa de uma forma diferente do que pensávamos.
            Como saber qual o primeiro sinal? Como prever em qual beijo nos entregaremos? Em qual momento ele nos olhará e acabará com nossas defesas, em qual instante vamos querer que o tempo pare no meio daquele abraço.
            Tarde demais, de uma forma ou de outra estamos envolvidos, estamos gostando e aí o que acontecerá depois só o tempo dirá. Tarde demais acho que posso estar irremediavelmente encantada, querendo te ver de novo, sentindo saudades...
            Não sei o que acontecerá, já foi bom os momentos que tivemos, mas sempre fica a vontade de repetir. Eis que fiz minha constatação...Agora? Esperar e aproveitar.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

                                                      Já não tenho pressa
            Não tenho mais pressa as coisas têm seu tempo próprio para acontecerem...e os caminhos se encontram, se acertam como deve ser.
            Não se pode ficar lutando contra o tempo, tentando desesperadamente fazer com que as coisas aconteçam exatamente como planejamos, não é assim que a vida funciona, nossos desejos se realizam, mas como e no tempo que deve ser.
            Idealizar é o caminho mais curto para a frustração, ao invés de planejar bem melhor é viver, viver todos os momentos da melhor forma que pudermos e do jeitinho que eles vierem até nós.
            Já não tenho mais tanta pressa, observo bem a paisagem ao redor ela pode ser reveladora. Vislumbro o horizonte, às vezes muito distante em outras mais perto do que eu imaginava, mas não tenho pressa o que é nosso chega a nossas mãos no momento certo, no momento em que estivermos prontos.
            Não me angustia mais que as coisas não corram e aconteçam no mesmo ritmo dos meus pensamentos, tenho aprendido a ter mais paciência e a vida tem me ensinado que embora não seja no meu tempo mesmo assim as coisas podem acontecer.
            E que bom que nem tudo sai como planejamos, o inesperado pode ser muito melhor, encontramos alguns imprevistos e surpresas que podem mudar nossas vidas e por vezes serem infinitamente melhor do que o que o planejado.
            Por isso tenho vivido de forma mais leve, e de certa forma posso dizer até que tenho aproveitado melhor os acontecimentos de minha vida. Sim aproveitado melhor, pois no momento em que paramos de ficar pensando nos porquês, e como será o depois prestamos mais atenção no mais importante “viver o momento o mais intensamente possível”.
            Já não tenho mais pressa sei que o que é meu a mim virá no tempo certo e que se não for meu de nada adiantará todo o esforço e energia gastos. Tenho vivido observando alguns caminhos que vem se desenhando a minha frente, calmos e progressivamente, mas se engana quem pensa que estou passiva diante deles, estou colocando um tijolo de cada vez sem afobação e precipitação.
            Talvez esses caminhos se acabem a minha frente, talvez eu tenha que fazer escolhas, renúncias, ou ainda quem sabe um desses ou mais de um seja o caminho certo, mas essas respostas não são para agora, pois no momento eles continuam sendo apenas caminhos, possibilidades!